Olá galera do Saves Infinitos, estão todos bem!?
Estamos chegando em mais um nova geração de consoles e um dos grandes questionamentos que temos é sobre se queremos um videogame que aceita mídia física ou não. Sobre esse assunto surgem várias discussões muito pertinentes, como o valor de cada um, a vontade dos gamers de ter o jogo em casa, entre outras que eram bem inimagináveis há um certo tempo atrás. Uma das perguntas mais importantes de antigamente era: já assoprou o cartucho para conseguir fazer o jogo rodar?
Assoprar ou soprar, são duas formas permitidas e corretas de nossa língua portuguesa, mas esse jeito certo ou errado de falar não passava pela cabeça dos gamers antigos, somente a vontade de fazer o jogo funcionar, sentar no sofá (ou na cadeira, ou mesmo no chão) e aproveitar a jogatina.
Como não era frustrante você estar cheio de vontade de jogar só um pouquinho e demorar vários minutos assoprando o cartucho.
Mas todos sabem quando que começou essa frustração? Não!? Então senta que lá vem história…
Os primeiros aparelhos eletrônicos conhecidos como videogames eram máquinas de somente um jogo. Um dos grandes exemplos que temos é o Telejogo. Até poderiam haver algumas variações, mas no final estávamos limitados àqueles títulos que o aparelho nos proporcionava.
Em 1972, o Magnavox Odyssey (ah, agora nosso grande professor Fizi vai pirar!!!) foi o primeiro console a trazer uma ideia rudimentar do que seriam os cartuchos com jogos diferentes, mas bem rudimentar mesmo, já que eles em si não tinham dados e somente ativavam alguns dispositivos dentro dos videogames.
Chegamos então em 1976 e nesse ano surge o primeiro console que tinha cartuchos com jogos diferentes de verdade: o Fairchild Channel F. Esse dado não deve ser novidade para vocês, já que em nossa página do Facebook e do Instagram já colocamos essa curiosidade sobre esse importante videogame. Quem ainda não nos segue nessas redes sociais, não perca tempo e trate de nos seguir!!! Portanto, foi no Fairchild Channel F que se iniciaram os arquivos que são conhecidos como ROMs. Quando você amigo leitor sentiu raiva ao assoprar um cartucho várias vezes e se perguntou quem foi o #@$%$# que inventou esse item, saiba que foi com esse console que tudo começou!!!
Daí pra frente já é tudo bem mais conhecido por todos nós gamers. A Atari, vendo o potencial que os cartuchos tinham de alegrar e prender os gamers em seu console, foi a próxima empresa a usar, e extremamente bem, esses itens. E como vieram jogos legais não é mesmo: River Raid, Pac-Man, Enduro, isso para falar poucos.
Nas gerações 8 e 16 bits foi quando o número de cartuchos deu aquele boom e começou a guerra entre as principais desenvolvedoras da época, Nintendo e Sega, para saber quem usava da melhor maneira esses itens a seu favor. Nesse contexto surgiram as funções atreladas aos cartuchos, como os chips que permitiam fazer gráficos melhores (até em 3D) e os que vinham com entrada para o cabo da internet. Porém, apesar de todo o aperfeiçoamento que surgia, uma verdade continuava inalterada: volta e meia era necessária aquela assopradinha!!!
Lembrando que essa rivalidade entre Sega e Nintendo já foi descrita por nós no seguinte post: http://sopreafita.com.br/no-meu-tempo-era-assim-a-guerra-dos-16-bits/
Com a geração 32 bits surgem os CDs e o fim de nossa história, já que esse post é para falar sobre o ato de assoprar o cartucho e não sobre CDs, sendo que esse assunto com certeza aparecerá em outros posts aqui no Saves Infinitos.
Tudo muito bom, tudo muito bem, nos acostumamos a assoprar o cartucho algumas vezes antes de jogarmos, mas então surge uma lenda: esse ato não pode ser realizado, pois estraga a fita…
Vários métodos alternativos então surgiram, como passar o cotonete no local entre outros.
Mas seria mesmo uma lenda!? Infelizmente não…
A umidade que saía de nossa boca com o tempo danificava os componentes de cobre presentes na fita e no próprio videogame, ou seja, você estava prejudicando o próprio aparelho quando fazia isso. Mas vamos ser sinceros: quem nunca assoprou a fita!? É impossível nunca ter feito isso, só se você é um gamer muito novo e nunca teve contato com os consoles antigos.
Então é isso amigos, chegamos ao final de mais um edição de nosso querido “No meu tempo era assim…”. Falamos hoje de um ato que fazíamos muito com os videogames antigos e com certeza está na lembrança de muita gente.
E vocês, lembram de alguma história engraçada sobre isso? Lembram qual foi o jogo que deu mais trabalho para funcionar?
Espero os comentários de todos!!!