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Fala, galera do Saves Infinitos!!!

Chegamos na parte 2 da minissérie “A História dos Arcades”. Na primeira parte, vimos os antecessores das máquinas de Arcade, ou como batizamos aqui no Brasil, fliperamas. Vimos o nascimento dos arcades e alguns de seus jogos mais influentes na década de 70 e início dos anos 80.

Vamos nessa para a continuação!

Surgimento dos Gêneros

Jogos de tiro

Os Shooters de arcade que usam um controle em forma de arma, acredite ou não, já existem há muito tempo. Algumas das primeiras armas leves mecânicas eram usadas desde a década de 1930 e operavam de maneira muito diferente das configurações de jogo modernas. A configuração mecânica dava a impressão de que o jogador estava realmente atirando com a arma.

Periscope, gabinete eletromecânico da Sega, foi lançado em 1966. Os jogadores tinham como alvo navios de papelão que se moviam dentro da unidade.

Periscope, o “pai” dos Arcades de tiro!!!

Nas décadas de 1970 e 1980, surgiram os primeiros games eletrônicos do gênero. Em 1969, a Sega criou o Duck Hunt original, que apresentava alvos móveis na tela. Depois que o jogador termina, ele recebe seu score, que era impressa em um bilhete de papel. O Nintendo Entertainment System posteriormente adaptou Duck Hunt, que apresentava um controle semelhante a uma arma de plástico.

Na década de 1990, o gênero evoluiu consideravelmente para incluir experiências muito mais realistas e envolventes. Além de apresentar gráficos 3D e arte realista, como em Virtua Cop de 1994, Time Crisis de 1995 e House of The Dead de 1996, as armas também foram muito melhoradas. Posteriormente, esses games deram lugar aos jogos de tiro em primeira pessoa e arcades de armas mais modernos que conhecemos hoje.

Simuladores de corrida

Em 1973, a Atari lançou o Space Race, que permitia aos jogadores controlar espaçonaves voando em uma pista única, desviando de cometas e meteoros. A Taito lançou um jogo rival chamado Astro Race, que trazia o mesmo tema. Embora esses dois jogos não sejam tecnicamente o mesmo estilo de simuladores de corrida que conhecemos hoje, eles foram os primeiros a apresentar as corridas à multidão.

Space Race

Em 1974, Speed Race da Taito, foi um dos primeiros jogos a introduzir a direção. A pista tornava-se estreita ou larga conforme o jogador se movia ao longo da estrada. No mesmo ano foi lançado Gran Trak 10, que trazia pela primeira vez o uso de alavanca de câmbio, volante e pedais.

Máquina e screenplay de Gran Trak 10

Vários jogos foram lançados a partir de então até o início dos anos 80 que também usavam as corridas como tema. Isso inclui títulos como:

The Driver, 1970
Super Bug, 1977
Speed Freak, 1979
Rally-X, 1980 – Não acharam que a gente tinha esquecido dele, né?
Esqui Alpino, 1981
Turbo, 1981

Mas a ideia de simuladores de corrida só se tornou realidade com Pole Position, de 1982. O jogo era baseado em um circuito de corrida real e ainda apresentava uma volta de qualificação, semelhante às regras reais de Grand Prix.

Pole Position

Hang-On, lançado pela Sega em 1985, foi o primeiro a usar force feedback, uma forma de movimento que fazia parecer que o jogador estava realmente em uma moto.

Screenplay de Hang-On

Posteriormente, essa tecnologia evoluiu para incluir vibrações, experiências mais imersivas e assim por diante. Outros jogos notáveis desta época no gênero foram:

Out Run, 1986
Hard Drivin’, 1989
Ridge Racer, 1993
Daytona USA, 1993
The Need for Speed, 1994
Gran Turismo, 1997
Crazy Taxi, 1999

Em 1983, a indústria dos games entrou num período frequentemente referido como o “grande crash” ou recessão. Muitos jogos e consoles concorrentes foram produzidos em grande escala, enquanto o público mais jovem passava muito tempo nos fliperamas. Além da saturação do mercado, isso gerou preocupação nos pais, que se envolveram em uma luta moral contra a indústria de videogames. A estagnação e o conflito fizeram com que a indústria ficasse sufocada e quase a matou por completo.

Em 1985 e 1986, os consoles Nintendo Entertainment System (O nosso querido Nintendinho) e Sega Master System foram lançados, mudando o foco de gabinetes de fliperama públicos para sistemas de jogos domésticos. Isso revigorou a indústria e deu início a uma nova era dos videogames. Os lançamentos passaram a se concentrar nos consoles, que já ofereciam qualidade similar, ou em alguns casos, superior a dos arcades. Os nossos queridos jogos de fliperama precisariam evoluir para continuar sobrevivendo. Mas essa evolução é assunto para a nossa última parte da História dos Arcades…

E aí? Gostaram? Comentem!!! O espaço é todo seu, salvadores!!!!

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