Fala galera do Saves Infinitos!
Hoje queremos trazer para vocês uma ideia nossa, um texto para refletirmos como as mudanças no mundo dos games aconteceram.
Coisas que eram muito comuns e que hoje não têm mais, que mudaram, que não tinham e hoje têm, enfim, coisas que a gente pode falar “No meu tempo era assim”.
E pra começar vamos falar justamente de algo que não tinha e é o nome da nossa página: Saves Infinitos!
Quem aqui não se lembra dos tempos das locadoras e suas fitas de SNES disputadíssimas como Donkey Kong Country, Ultimate Mortal Kombat 3 ou Killer Instinct? E quando conseguíamos aquela DKC bonita, lustrosa, e já pegávamos na sexta-feira mesmo pra entregar só na segunda-feira? Ô maravilha! Agora imagina a cena: jogar por quase uma hora sem parar, tendo passado várias fases, mãe mandando desligar pra ir pro banho, a gente pensando “mais tarde vou continuar daquela fase difícil” e quando liga de volta… AHHH! Cadê meu save? Vou ter que começar tudo de novo?
Doía o coração, ter que sofrer tudo de novo? É amigos, isso acontecia muito. O fato é que muitos cartuchos de SNES eram piratas e não vinham com a bateria interna que permitia salvar os jogos. Os jogos que mais sofriam disso eram Super Mario World e Donkey Kong Country, mas esse que lhes escreve já presenciou também até em Super Metroid!
Na próxima geração ainda teríamos alguns problemas com o limite de 15 blocos no Memory Card de PS1 (ê Metal Gear Solid, ainda me lembro de você, seu fominha de blocos) e de novo cartuchos de N64 piratas sem a bateria.
Na época do PS1 ter um Memory Card era artigo de luxo, lembro bem dos tradicionais originais e com mais carinho dos coloridos, vinham com uma caixinha e adesivos para escrevermos nossos jogos. Era uma coisa pessoal, o que não vemos mais.
Quem não sente falta desses queridões!?
Tecnicamente falando, o Memory Card do PS1 comportava somente 1MB de dados, mas curiosamente o PS1 não apresentaria suporte a Memory Cards (isso vai ficar pro próximo texto, vocês vão gostar) e sim 4 controles. Já no Saturn e NeoGeo presenciamos o começo da mudança, com saves na memória interna do console. Uma inovação que só veríamos de volta duas gerações depois.
Na geração seguinte, marcada pela disputa entre as três grandes produtoras, teríamos novamente os Memory Cards reinando, com um destaque carinhoso para o VMU do Dreamcast, que foi um aparelho inovador. Ao invés de ser apenas um Memory Card comum, a Sega criou um aparelho que permitia jogar joguinhos simples, gerenciar os dados, mostrar informações dos games enquanto jogávamos e até servindo como assistente pessoal em alguns jogos! Infelizmente a ideia não foi pra frente…
Um jogo que eu posso citar como exemplo era o Sonic Adventure que instalava um joguinho tipo Tamagotchi, o Chao Adventure. Ao resgatar as criaturinhas no jogo, você podia transferi-las para o VMU e assim cuidar deles, alimentando, exercitando e treinando suas habilidades para depois transferi-los de volta para o console e poder competir nos eventos do game. Outros também ofereciam novas experiências como Sega GT, Marvel Vs Capcom 2, Skies of Arcadia ou Soul Calibur.
Já PS2 e GameCube ofereceriam a mesma coisa, sem grandes mudanças, com apenas o Xbox vindo com a opção de salvar internamente.
Fim de uma geração, começo de uma nova e agora voltamos a ter saves internos. Aqui todos os consoles já contavam com saves (ainda não infinitos) na memória interna e com a introdução da internet nas jogatinas, o serviço de salvar na nuvem dá as caras!
E com a atual geração chegamos onde estamos. Agora já podemos dizer que temos Saves Infinitos! Serviços online como PSN e Xbox Live nos oferecem armazenamento beirando o infinito. O que era uma preocupação antigamente, gerando inclusive custo na jogatina, hoje é algo que nem lembramos mais que já foi limitado e para alguns inacessível. São fatos assim que é ótimo vermos como a evolução vem para o bem, deixando apenas saudade de como as coisas eram antigamente.
Bom é isso, esperamos que tenham gostado dessa mini viagem no tempo. Não citei os jogos das 3 primeiras gerações por que elas merecem um outro destaque, quem sabe no próximo “No meu tempo era assim”!
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