Fala galera do Saves Infinitos!!!
Um feliz 2021 à todos!!!
Hoje, para começar o primeiro Reviver Jogos Antigos do ano, vamos falar de um clássico da era de ouro dos Games.
Vamos relembrar de Pitfall!, o segundo jogo mais vendido da história do Atari.
O ano é 1982, no auge da era de ouro dos videogames.
A Atari voava absoluta em céu de brigadeiro, com jogos já consagrados como Adventure e Space Invaders, e em março desse ano lançando o megaclássico Pac-Man, praticamente dando o tiro de misericórdia na concorrência.
Mas muita coisa boa ainda viria a ser lançada e, em 20 de Abril de 1982, nasceria Pitfall!, o precursor dos games de plataforma side-scrolling.
Você controla o herói Pitfall Harry em uma aventura que dura no máximo 20 minutos, tempo que você tem para encontrar os 32 tesouros espalhados pelas 255 telas do game (barras de ouro, sacos de dinheiro, prata e anéis de diamante) e completá-lo. Tudo isso com apenas três vidas (E o criador David Crane ainda queria colocar apenas uma vida no jogo, hein?) Caso perca essas três vidas, ou não consiga realizar essa façanha até o cronômetro zerar, o jogo também acaba, sem um final específico.
Confira dicas do criador do game, David Crane: “A meta do jogo não era chegar a um final, mas coletar o máximo de tesouros possível no limite de 20 minutos. E havia um truque para isso. Se você percorresse todas as telas pela superfície, jamais conseguiria chegar à última nesse tempo. Já indo pela parte inferior, onde os escorpiões estavam, cada tela atravessada correspondia a três da superfície. Para pegar os 32 tesouros era preciso memorizar onde cada um deles estava e usar esses atalhos de maneira inteligente”.
Mas além disso, no caminho, Pitfall deve superar inúmeros riscos: poços de piche, areia movediça, buracos, troncos de árvore parados ou rolando, cobras cascavel, escorpiões, fogo e crocodilos. Harry pode pular sobre esses obstáculos, ou evitá-los de outras maneiras como escalar, correr e se abaixar na hora certa, e, em certos lugares, se balançar sob cipós. Segundo David Crane, o game foi desenvolvido em “círculo”, com a última tela sendo ligada à primeira. Ao todo, são 255 telas, que foram criadas através de um algoritmo envolvendo contadores polinomiais, para gerar cada tela de maneira quase aleatória.
David Crane era um programador que trabalhou para a Activision no início da década de 1980. Em uma entrevista para a revista Edge em novembro de 2003, David descreveu como, em 1979, ele desenvolveu a tecnologia para mostrar uma imagem mais realística de um homem correndo, e em 1982, como ele estava a procura de um jogo adequado para usá-lo.
“Sentei-me com uma folha de papel em branco e desenhei uma figura no centro. Eu disse: ‘Ok, eu tenho um homenzinho correndo e vamos colocá-lo em um caminho [mais duas linhas desenhadas no papel]. Onde está o caminho? Vamos colocá-lo em uma selva [desenhei algumas árvores]. Por que ele está correndo [desenhei tesouros para juntar, inimigos para evitar, etc]? E assim nasceu Pitfall’. Todo este processo levou cerca de dez minutos. Cerca de 1.000 horas de programação depois, o jogo estava completo. ”
O jogo alcançou detalhes técnicos inéditos, como uma ausência de cintilação, multi-colorido e sprites, em um sistema com um hardware reconhecidamente primitivo. Harry também foi o primeiro herói a ser facilmente reconhecido como humano, graças a essa capacidade.
Por conta da limitação de espaço do cartucho e dos 128 bytes da memória RAM do Atari, o programador optou pela a ausência de um final, propriamente, para o jogo. “Se eu colocasse um final, teria menos espaço de memória para programar o jogo em si e ele acabaria não sendo tão bom”, relatou David Crane.
O jogo foi muito bem recebido, possivelmente por causa do grande sucesso de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. Pitfall! foi o game mais vendido de 1982 e do primeiro trimestre de 1983. Em meados de janeiro de 1983, foi o jogo mais vendido na parada da Billboard por sete semanas – muito mais bem-sucedido do que ET, que a Atari pagou US$ 21 milhões para licenciar – e permaneceu na posição número um por 64 semanas.
Danny Goodman, da Creative Computing Video & Arcade Games, afirmou que Pitfall! foi “um destaque” entre as dezenas de jogos do Atari 2600 anunciados no Consumer Electronics Show no verão de 1982. A Arcade Express analisou a versão Atari 2600 de Pitfall! em agosto de 1982, afirmando que “pode muito bem ser o melhor jogo de aventura já produzido para o VCS” e dando-lhe uma pontuação de 8 em 10. Electronic Games em junho de 1983 elogiou os “gráficos soberbos e ação variada” da versão 2600. A versão 2600 do Pitfall! foi premiada como o “Melhor videogame de aventura” no 4º prêmio anual Arkie Awards. Em 2004, Pitfall! foi incluído na lista dos melhores jogos de todos os tempos da GameSpot. Em 2013, a Entertainment Weekly o listou como um dos dez melhores jogos do Atari 2600. Ele foi o segundo game da história do Atari, com 4 milhões de cópias vendidas, perdendo apenas para Pac-Man.
Em 1983, Pitfall! Ganhou uma animação na programação de desenhos animados do CBS Saturday Supercade, sob o nome Pitfall Harry. O enredo envolve Harry (dublado por Robert Ridgely), sua sobrinha Rhonda (Noelle North) e seu covarde leão da montanha Quickclaw (Kenneth Mars) em busca de um tesouro escondido. Mas o desenho não emplacou e durou somente uma temporada.
Uma aventura de curta duração, mas com um nível de dificuldade elevado, que exige uma boa dose de capacidade de memorização para ser concluída, faz com que essa obra prima, com o tamanho menor que um documento de texto atualmente, valha a pena ser jogada até os dias de hoje!!!
Ficha Técnica:
Desenvolvedor Activision
Publicado por Activision
Designer David Crane
Plataformas Atari 2600, Atari 5200, Atari 8-bit, ColecoVision, MSX, C64, Intellivision, Apple II
Lançamento 20 de Abril de 1982
Gênero Plataforma
Modo(s) Single-player
E aí, salvador(a)? Teve o privilégio de jogar esse clássico? Se sim, que nota você dá a ele??? Fique a vontade pra comentar e até a próxima!!!