Fala Galerinha do Saves? Tudo bem?
Hoje, o nosso “No meu tempo era assim…” orgulhosamente apresenta a maior batalha da história dos games: a Guerra dos 16 bits!!! Então, sem mais delongas, vem com a gente!!!
A década de 90 foi inesquecível para nós gamers. Foi o berço da quarta geração dos games, a geração 16 bits.
Ela foi iniciada em 1987, com o lançamento do TurboGrafx-16 (ou PC Engine) no Japão, que tinha uma CPU de apenas 8 bits, mas sua PPU (chip responsável pelos gráficos era de 16 bits, fazendo com que ele fosse considerado o pioneiro desta geração.
Um ano depois, a Sega trazia o Mega Drive (ou Sega Genesis, como foi batizado nos Estados Unidos). Em 1990, a SNK trazia o poderoso Neo Geo AES, que foi comercializado como 24 bits; sua CPU era um Motorola 68000, tecnicamente um sistema baseado em 68000 de 16/32 bits com um coprocessador Z80 de 8/16 bits, enquanto seu chipset GPU tem um barramento de dados gráfico de 24 bits.
O último representante dessa geração de consoles caseiros chegou com o lançamento do Super Nintendo, também no final de 1990.
E os consoles de Nintendo e Sega foram os grandes protagonistas da batalha dessa geração. De um lado, o Mega Drive. Do outro, o Super Nintendo. Quem ganha?
Nintendo e Sega tiveram grande importância na recuperação da indústria dos games após o Crash de 1983, principalmente a Nintendo, que definiu os moldes de licenciamento e controle de qualidade que a indústria seguiria nos anos subsequentes.
A Big N tinha no seu NES o grande sucesso de toda a história dos videogames até então. A Sega tentou desbancá-lo com o Master System, sem sucesso. Apesar do grande sucesso do console aqui no Brasil, nos Estados Unidos, ele não pôde nem ser considerado uma ameaça para o Nintendinho.
Como tentar mudar isso? Lançando um console com o dobro de capacidade de processamento!
Nascia assim, o Mega Drive, em 29 de Outubro de 1988.
Mas o Nintendinho ainda reinava, então a Sega para entrar nessa briga, oferecia melhores condições comercialização para seus games, tinha um relacionamento transparente com os comerciantes de brinquedos e produtos, além de investir pesadamente em Marketing.
Em 1990, veio a resposta da Nintendo.
Em 21 de Novembro, era lançado o Super Nintendo e aí, a briga ficou séria. O que se viu a seguir, foi uma verdadeira guerra pela preferência dos gamers: o SNES chegou chegando com Super Mario World, sete meses depois, em 23 de Junho de 1991, a casa do Mega Drive trazia a vida Sonic The Hedgehog. A Sega enfim conseguia criar um mascote para fazer frente com Mario. O porco espinho alcançou uma legião gigantesca de fãs numa velocidade tão rápida quanto a sua. Mas essa não era a única diferença entre os dois consoles…
Hardware
Na parte de hardware, o Mega Drive contava com uma CPU bem mais rápida que a do SNES, que garantia um desempenho superior em alguns jogos.
Já o SNES, possuía o dobro de memória RAM (128 contra 64KB), o que aumentava o poder de processamento de informações. Ele também conseguia exibir muito mais cores simultaneamente e tinha mais canais de áudio, tornando o som mais fiel do que o concorrente da Sega.
Na resolução, o Super Nintendo levava uma ligeira vantagem numérica, pois poderia exibir imagens em 512×448, contra 320×448 do Mega Drive. Na prática, os games não passavam da metade dessas resoluções máximas. Nesse quesito, o Mega levava alguma vantagem, pelo aspecto mais largo da sua tela.
Em alguns jogos, podem ser notadas diferenças consideráveis. Street Fighter II, por exemplo, roda melhor no Super Nintendo, porém os gráficos e animações do Mega Drive são melhores, com mais detalhes e elementos na tela. Tire suas próprias conclusões, querido(a) seguidor(a)…
Design
Os visuais de ambos eram simples, estilo comum para a época. O Mega Drive tinha um painel de plástico preto fosco, que ficava bem discreto na estante. O design quadrado do SNES e suas cores cinza e roxo se tornaram sua marca registrada. E além do botão liga/desliga e o reset, ainda possuía um botão Eject, para ejetar os cartuchos.
Joysticks
O controle do Mega Drive tinha um formato arrojado e diferente dos joysticks da época, com três botões na face do controle, recebendo depois versão de 6 botões (todos na face) com o lançamento de Street Fighter para o console da Sega. O controle da Sega facilitava e muito a jogatina nos jogos em que exigiam ações rápidas, como os Fighting games. Não possuía botão Select, como o concorrente.
O tradicional Joystick do Super Nintendo marcou época com seu clássico visual e pegada, que agradavam muito os donos do aparelho. Com um esquema de botões simples e os inovadores botões L e R, nos “ombros”, além de serem bem resistentes, o controle inspirou as gerações de joysticks posteriores.
Jogos
No quesito games, principalmente as franquias, tivemos duelos ferrenhos com games de excelente qualidade, sejam produzidos pelas duas gigantes ou por terceiros.
A Nintendo tinha Super Mario, Donkey Kong, Legend of Zelda, Super Metroid, Kirby, Star Fox, F-Zero no seu arsenal de franquias. Além de Final Fantasy, Chrono Trigger, Rock n’ Roll Racing e outros sucessos.
A Sega tinha Sonic, Alex Kidd, Altered Beast, Golden Axe, Streets of Rage, Phantasy Star no seu plantel. Além de Comix Zone, Castle of Ilusion, Quackshot e Shinning Force, Vectorman, entre outros, não ficando nada atrás nesse quesito.
Ambos tiveram muitos outros jogos dos quais não me recordo nesse momento em que escrevo este artigo. E para quem é mais novo e acha que a briga entre Sony e Microsoft é gigante, eu aviso que não é nem a metade do que foi a guerra dos 16 bits. Alguns jogos eram desenvolvidos por softhouses diferentes e eram totalmente distintos, como era Aladdin. As duas gigantes disputavam game a game os corações dos jogadores.
Entre as duas gigantes estávamos nós, os jogadores. A galera mais favorecida, escolhia o console que iria comprar e partia pra jogatina. Quem não tinha dinheiro (como eu) jogava na locadora ou na casa de um amigo. As locadoras ficavam lotadas e, na época dos lançamentos, a galera que queria alugar tinha que reservar o game pra desfrutar dele primeiro. Como já escrevi antes aqui, joguei muito em locadoras, e nesta época, joguei muito os jogos de ambos, até finalmente comprar meu SNES de um amigo.
Quem venceu?
Sinceramente? Nós, os jogadores fomos os grandes vencedores!!!
Nessa guerra em nos conquistar, as duas gigantes se superavam a cada dia e nos traziam jogos de altíssima qualidade. É lógico que haviam exceções, como em todo console.
Ambos foram incríveis, tinham jogos que valiam (e ainda valem até hoje) muito a pena serem jogados. Naquele tempo, o mundo não era tão mimizento quanto hoje e você podia desfrutar de ambos, sem ter que escolher um lado e depreciar o outro. Sinto-me extremamente privilegiado por jogar ambos, tenho jogos que marcaram a minha vida gamer tanto no SNES como no Mega e amo os dois consoles de todo o coração. E se você não viveu esta época, ainda tem a opção de comprar as versões que saem até hoje com alguns jogos na memória ou baixar emuladores de ambos, facilmente encontrados na internet.
E você, querido(a) seguidor(a) teve o privilégio de viver nessa época e acompanhar esse duelo de titãs? Se sim, qual dos dois é o seu favorito? Conta mais: que jogo te marcou mais? O espaço de comentários é todinho seu, seguidor!!!
Um abração e até a próxima!!!
Charles Lima escreveu este artigo e jogou quase todos os consoles. Infelizmente, ele não conseguiu ser bom em nenhum, mas segue tentando…