Fala galera do Saves!!! Tudo bem?
Voltamos hoje para a quarta geração dos games no nosso “Reviver Jogos Antigos”.
Já ouviu falar que adaptações de filmes e quadrinhos para videogames não costumam ser boas? Pois é, mas hoje vamos falar de uma exceção a essa regra, um jogo de um herói extremamente querido e dono de uma das melhores galerias de vilões das HQs. Vem com a gente!
O ano é 1994. A popularidade do Homem-Aranha e de Venom (o vilão/anti-ferói favorito de muitos) furavam os céus neste ano e, para coroar essa boa fase nas HQs, foi publicado um de seus melhores arcos de histórias de todos os tempos.
Maximum Carnage (Carnificina Total, publicada aqui no Brasil em 1996), onde o vilão Carnificina se liberta da prisão e espalha uma onda de terror pela cidade de Nova Iorque, ajudado pelos vilões Shriek, Contraparte Aranha, Duende Macabro e Carniça.
Ameaça grande demais para o amigão da vizinhança dar conta sozinho, mas com a ajuda de Venom (que tem em Carnificina um inimigo em comum com o cabeça de teia), Gata Negra, Manto, Adaga, Flama, Deathlok, o lendário Capitão América, Punho de Ferro e até com o vampiro Morbius, o vilão pôde ser parado.
As vendas foram um sucesso incrível e a ideia de um Beat’em Up dessa aventura épica foi desenvolvido pela Software Creations e lançado pela Acclaim em Setembro daquele mesmo ano para SNES e Mega Drive.
Você controla o amigão da vizinhança, mas em alguns momentos, pode optar por jogar com Venom também ao longo das mais de 20 fases do game. Infelizmente, o game é somente para um jogador. O Homem-Aranha é mais rápido e Venom causa mais dano com seus golpes.
O jogo é bem desafiador, com os inimigos se aglomerando a sua volta com uma velocidade muito rápida, exigindo estratégia do jogador para impedir que isso aconteça. A ação é desenfreada como na HQ e zerar o game não é tarefa das mais fáceis, em alguns momentos você enfrenta vários chefes de uma vez só. Para equilibrar um pouco as coisas, Homem-Aranha e Venom tem uma diversidade muito grande de movimentos, os socos e voadoras comuns em jogos do gênero Beat’em Up, além de puxar os inimigos com a teia para fazer um combo ou arremessa-lo em outro inimigo, escudo de teia para defesa, se balançar pela tela com a teia para escapar de uma horda de inimigos e até um salto mortal para trás, que possui um dano mínimo, mas que é muito útil para afastar um inimigo.
Há algumas vidas espalhadas pelo jogo em algumas salas secretas, ocultas que, para serem acessadas, o jogador precisa fazer uma ação específica. Nelas, você tem que derrotar alguns inimigos para ganhar as vidas extras.
Além das salas secretas, você encontra pelo jogo ícones dos heróis, que possibilitam ao Spider chamar a ajuda deles para aqueles momentos críticos. Alguns ajudam de forma diferente para Venom. Eles seguem abaixo com seus ícones:
Durante o jogo, você enfrenta os vilões várias vezes ao longo das 24 fases. Doopelganger e Shriek são os mais recorrentes, mas você também enfrenta os gordinhos, que ao serem derrotados na terceira fase, deixam prêmios, mulheres que atacam com o cabelo e até velhinhos com guarda-chuvas. Meio forçado, mas fazer o quê, né…
Os gráficos não são nenhum primor do SNES, mas também não fazem feio: dão pro gasto.
O som pauleira, composto pela banda norte americana Green Jelly, embala a pancadaria desenfreada perfeitamente em todo o game. Quando você liga o jogo, já começa a tocar o tema de abertura, que com o tempo “gruda na mente”. A música (Carnage Rules) está presente no primeiro álbum da banda, “333”. Os efeitos sonoros também não fazem feio. Entre uma fase e outra, ainda rolam cutscenes, com páginas da HQ, para o jogador compreender melhor a história, completando muito bem o pacote de Maximum Carnage.
A recepção do game foi positiva, de média para boa na maioria das avaliações, inclusive a da IGN, que elegeu o game como o 85ºmelhor da história do SNES. Segue a avaliação na íntegra:
“Como você faz um brawler ainda melhor? Crie um estrelado por alguns dos personagens de quadrinhos mais populares do mundo – e, enquanto você está fazendo isso, adapte diretamente um dos maiores enredos dos quadrinhos para servir como sua trama. Isso é o que Software Creations e LJN ofereceram em Spider-Man & Venom: Maximum Carnage, um side-scrolling Beat’em Up estrelando o super-herói amigão da vizinhança favorito de todos. Seguindo um dos arcos de quadrinhos mais populares do início dos anos 90 do Spidey, o jogo permitiu que os jogadores se unissem como alteregos de Peter Parker e Eddie Brock em uma trégua enquanto eles rastreavam Carnage, um novo simbionte assassino gerado por Venom. Foi uma adaptação épica para os fãs da Marvel, e até mesmo os proprietários do SNES que nada sabiam sobre o material de origem, tiveram esse cartucho que chamou sua atenção – já que foi pintado em um tom arrojado de vermelho.”
Enfim, um grande Beat’em Up, com gráficos simples, mas competentes, uma trilha sonora que casa perfeitamente com a ação desenfreada do jogo, um desafio elevadíssimo e uma variedade de movimentos dos heróis pouco comum aos jogos daquela época!!! Se você curte Beat’em Ups, Homem-Aranha e Venom e jogos desafiadores, Maximum Carnage não vai te decepcionar e com certeza, vale (e muito) a jogatina!!!!
Ficha Técnica:
Desenvolvedor: Software Creations
Publicado por: Acclaim Entertainment
Designer(s): John Pickford
Mark Flitman
Compositores: Green Jellÿ
Chris Jojo
Tony Williams
Plataformas: Super NES, Mega Drive
Lançamento: América do Norte – 16 de Setembro de 1994
Europa – 24 de Novembro de 1994
Japão – 26 de Maio de 1995 (Só para Mega Drive)
Gênero: Beat ‘em up
Modo: Um jogador
E aí, querido(a) seguidor(a)? Curtiu o nosso review? Jogou esse game? Se sim, que nota você dá a ele? Não deixe de comentar e até a próxima!!! Valeu!!!