Fala, querido(a) Saver!!! Tudo bem???
Depois de um longo tempo, o nosso Reviver Jogos Antigos está de volta!!!
E aproveitando que na semana passada falamos de jogos polêmicos, iremos aproveitar este espaço para falar de um dos primeiros desta categoria, lá no tempo do Atari 2600, pra ser mais preciso, há 40 anos atrás, em 1982!!! Custer’s Revenge!!!
Custer’s Revenge é um jogo de ação adulto publicado pela American Multiple Industries para o Atari 2600, lançado pela primeira vez em novembro de 1982. O jogo ganhou notoriedade devido ao seu objetivo de estuprar uma índia americana.
O personagem do jogador titular é baseado no General George Armstrong Custer, um famoso comandante da cavalaria americana, que é mais conhecido por sua grande derrota e morte na Batalha de Little Bighorn, nas mãos dos índigenas Lakota Sioux.
No jogo, o jogador controla o personagem Custer, retratado como um homem vestindo nada além de um chapéu de cavalaria, luvas, botas e uma bandana, ostentando uma ereção visível. Custer tem que superar os ataques de flechas para chegar ao outro lado da tela. Seu objetivo é estuprar uma mulher nativa americana amarrada a um poste. Essa é a “vingança de Custer”: perdeu a guerra na vida real, voltou nos videogames pra “atacar” as índias.
Custer’s Revenge rapidamente ganhou notoriedade após seu lançamento.
Apesar de ser vendido em um pacote lacrado rotulado “NÃO ESTÁ À VENDA PARA MENORES” e vendido por US$ 49,95 (equivalente a mais ou menos US$ 134 atualmente), a sociedade sabia que as crianças ainda podiam ter acesso ao jogo. A produtora do jogo afirmava que “se as crianças o pegarem e perguntarem, diga a eles que Custer e a donzela estão apenas dançando”(AHAM…).
Grupos de direitos das mulheres criticaram o jogo, afirmando que era uma simulação de estupro; na parte de trás da embalagem estava escrito “ela está prestes a cair, por George! A ajuda está a caminho. Por Deus! Ele está vindo.” Outros grupos, como o Women Against Pornography, porta-vozes dos índios nativos americanos e críticos da indústria de videogames adultos em geral protestaram contra o conteúdo do jogo. Ativistas tentaram pressionar os legisladores para proibir o jogo, o que Oklahoma City, lar de uma grande população nativa americana, fez. A Multiple Industries, fabricante do game, entrou com um processo de US$ 11 milhões contra o Condado de Suffolk, Nova York e o legislador Philip Nolan “por causa de uma resolução autorizando o executivo do condado a tomar medidas para interromper as vendas e distribuição” do jogo.
Mas no final, a atenção da mídia focada gerou publicidade gratuita para o game e fez com que vendesse aproximadamente 80.000 cópias, o dobro de cópias dos outros jogos apenas para adultos da American Multiple Industries, Bachelor Party e Beat ‘Em & Eat ‘Em.
No entanto, a Atari recebeu inúmeras reclamações sobre o jogo e respondeu tentando processar os fabricantes. Stuart Kesten, presidente da American Multiple Industries, afirmou que “nosso objetivo não é despertar, nosso objetivo é entreter […] Quando as pessoas jogam nossos jogos, queremos que sorriam, queremos que riam”. O designer do jogo, Joel Miller, disse que Custer estava “seduzindo” a donzela e que ela era uma “participante voluntária”. Mas em abril de 1983, cinco meses após seu lançamento, o jogo foi retirado de circulação. Mas o game já tinha caído no gosto de alguns e chocado muitos outros.
Em 1988, a revista de jogos de computador Ahoy! chamou Custer’s Revenge “uma afronta à decência comum”, em contraste com jogos adultos mais modernos e ‘de bom gosto’.
Seanbaby, da Electronic Gaming Monthly colocou-o como número 9 em seu ranking de “20 piores jogos de todos os tempos”.
Em 2008, o professor da Universidade de Calgary, Tom Keenan, citou “o hediondo jogo Custer’s Revenge”, 26 anos após seu lançamento, em um artigo de opinião sobre os atuais problemas de violência nos videogames para o Calgary Herald. Nesse mesmo ano, o jogo foi creditado pela Australian PC Magazine como sendo um dos piores jogos já feitos, enquanto Games.net classificou a vítima de Custer como a quinta na lista dos dez melhores personagens de jogos “perturbadoramente sexuais”.
Em 2010, Custer ficou em oitavo lugar na lista machinima.com dos principais jogos pervertidos. UGO.com classificou-o como décimo na lista dos videogames mais racistas da história em 2010, também classificando o General Custer como o segundo personagem de videogame mais sexy de todos os tempos em 2012. Enfim, uma montanha de opiniões através das décadas que vieram após seu lançamento.
E sabe o que é mais bizarro? A PlayAround também fez uma versão invertida de gênero de Custer’s Revenge chamada General Retreat. O jogo foi universalmente criticado pelos críticos e foi descrito como um dos piores videogames já feitos. Em General Retreat, é a mulher que tem que superar vários obstáculos para fazer sexo com Custer. Em vez de flechas, balas de canhão são disparadas contra a mulher. (A vingança da índia, ou os dois viraram namorados?)
Bem, aqui no Brasil…
O jogo caiu no gosto da molecada, principalmente os adolescentes…
Dar uns “pegas” na índia depois de passar um perrengue pra chegar até ela era gratificante pra molecada, principalmente numa época que esse tipo de tema era mais divertido do que chocante (vide a série de filmes Porky’s…). O game inclusive ganhou até versão remake de um grupo de fãs…
E aí, querido(a) seguidor(a)? Conhecia esse clássico dos games adultos e polêmicos? O que você pensa sobre ele? Divertido ou chocante??? Dá a sua opinião pra gente!!! O espaço de comentários, como sempre é todo seu!!!
Um grande (e inocente) abraço e até a próxima!!!